quarta-feira, 29 de setembro de 2010


Perdi por entre os dedos..

Como se perde fio de ventos,

Ninguém vive de saudade,

Ninguém sobrevive de momentos.



Nem todas as lutas se vencem..

Nem todos os desejo se podem provar,

Não chega querer,

Nem chega sonhar.



Dificil é ter dor,

pequena que seja,

grande que possa ser..

Cada um tem a sua,

Cada um tem de a esquecer.



Tudo se torna infinito,

curto na sua clareza,

Tão vago o ar que me envolve,

Vazio na sua estranhesa.



Sentimento de um mero solitário,

Desamparo no balanço da vida,

O chão em roda viva,

Uma estrada em sentido contrário.



E eu...

caminho por onde não sei.

Não chega o que sonhei.

Resta.. Acreditar.


RitaVilasBoas

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